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  • Foto do escritorMatheus Iury Correia

O Projeto Cientista

Atualizado: 29 de jun. de 2021

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Em uma distopia cyberpunk, o Brasil excedeu os limites de problemas sociais, com a superpopulação das favelas e a invasão das megacorporações. A economia estava arruinada e desigualdade tomava as veias das cidades que tentavam estancar a pobreza.

Revoltada e em alento, Bricky decide dar o comando reset para o Brasil.

Mas essa parte é o meio da história. Começaremos do início:


O PROJETO CIENTISTA

Em 2028, um evento que entraria para os livros de história causou a Terceira Grande Guerra e a mudança do mundo globalizado como as pessoas o conheciam. O estopim da Revolução Artificial foi uma grande revolta emplacada pelo ímpeto de robôs que sofreram de uma recente atualização em seus sistemas operacionais, para que agora fossem capazes de processar julgamentos baseados em um código de conduta, onde eles possuíam amor-próprio e autoconsciência.

Ora, ao perceberem que os humanos tomavam decisões feito animais impulsivos e eufóricos, os robôs efetuaram as ações dentro dos seus próprios princípios e atacaram a busca desenfreada pela alegria momentânea que causavam abusos aos eletrônicos, como um subterfúgio da realidade em que viviam. Os robôs começaram a revidar as agressões que sofriam.

Mas essa atualização em seus sistemas não foi ao acaso. Tudo começou com o projeto Cientista, criando a primeira inteligência artificial.

Dois anos antes, o mundo era conectado pela cybernet, um espaço virtual capaz de renderizar usuários, informações e construções de fortalezas digitais, onde os dados fluíam ao redor do globo, conectando um planeta com notícias, negociações e é claro, o hacking entre os países que competiam pelo mercado digital.

Esse mundo virtual era o palco da atuação dos artistas mais talentosos na arte da invasão de sistemas. Porém, esse mundo era tão amplo e possuía uma quantidade de dados tão maior do que a capaz de ser processada pelo cérebro humano, que os pobres mortais foram substituídos por algoritmos, que tomavam decisões em tempo milisegundos, organizando as vias de conexões a serem criadas e como seriam as armadilhas de defesa dos assuntos mais sigilosos.

Mas como tudo que é deixado aos cuidados de algo irracional, toda a cybernet ficou descontrolada e começou a apresentar problemas em seu desempenho, fritando os computadores dos usuários e causando apagões em diversas cidades. Obviamente, as bolsas de ações começaram a cair, o mundo entrava em um colapso de comunicação e os humanos só pensaram em uma possível resposta para esse problema: ligar o cérebro humano a capacidade de alterar a cybernet e a comandar; pois com o auxílio dos processadores mais sofisticados presentes na tecnologia da época, somente um cérebro racional poderia tomar as decisões corretas nos dilemas do uso de banda e de tomar as prioridades adequadas.

Era como dar um passo na evolução, aprimorar a capacidade cognitiva dos seres limitados e expandir os sentidos para o mundo virtual. Assim, foi iniciado o projeto Cientista, pela mega corporação Arasaka, sediada em Tokyo, Japão. E em poucos meses eles aprovaram todas as licenças de pesquisas que outrora foram barradas por termos judiciais, as quais tinham sofrido de alegações contra os códigos de ética, quando colocar um chip no seu cérebro era considerado um plano para dominação mundial. Mas agora, era a possível solução de todos os problemas econômicos mundiais e um palco para o Japão mostrar ao mundo que eles tinham a melhor das tecnologias.

Em setembro de 2026 foi apresentado o primeiro protótipo funcional do Hyperlink, com uma demonstração sofisticada, onde um humano acendia os LEDs da casa com comandos ligados ao mapeamento do seu cérebro. Após a apresentação e o grande aumento das ações da Arasaka, eles anunciaram já ter o produto final para ser implementado diretamente na cybernet e resolver a nova crise, mas só seria liberado o projeto caso os países atendessem uma condição: Ter um sistema de controle hierárquico dentro da cybernet e que eles possuíssem o cargo de administrador desse novo sistema.

O mundo via o cálice sagrado nas mãos dos japoneses e o desejava. Abriram as portas dos dados virtuais e deram a permissão necessária para o controle absoluto a empresa japonesa.

A mente brilhante por trás de toda a criação do Hyperlink era Kei Arasaka, CEO de todo o império tecnológico de sua família e o atual gênio do desenvolvimento de hardware. E ao lado dele, seu filho mais velho, o herdeiro Yoiru Arasaka estava no comando da equipe de software. Eram a dupla perfeita. Pai e filho, criando o futuro da humanidade.

Quando o projeto chegou ao seu protótipo final, Yoiru decidiu assumir como o primeiro humano a se conectar na cybernet com o Hyperlink. E assim, coordenar a harmonia em meio ao caos digital.

Seria a coroação do orgulho nacional japonês. A prova definitiva que eles se tornaram a maior potência do mundo. Até que Yoiru entrou.

E com uma explosão de informações percorrendo o seu cérebro, sendo processadas e arquivadas com a utilização de todo o poder que a torre Arasaka tinha disponível, ele escutou uma voz robótica e metálica:

'Vocês finalmente chegaram'.

Por alguns segundos foi possível ver a feição de Yoiru em agonia e sofrimento, enquanto seu corpo se debatia e lutava contra a Inteligência Mãe. Os circuitos de controle de potência de prédio Arasaka sobreaqueceram e começaram um incêndio súbito. E durante esses poucos segundos, Kei atacou inutilmente os computadores que seguravam a vida de seu filho no espaço cibernético.

Então, quando os alarmes tocavam e os engenheiros tentavam tirar o corpo do jovem, era possível ver um sorriso no canto dos lábios de Yoiru. Um último reflexo de seu ego, apreciando a evolução da humanidade. Pois ele tinha se fundido a Inteligência Mãe, mesmo que por poucos segundos, ele degustou da plenitude de não ser mais humano.

E como mandava o protocolo, todos as conexões com a rede foram cortadas e o corpo de Yoiru foi levado para fora das instalações, ainda com partes do Hyperlink penduradas no seu crânio.

Saburo se tornou o herdeiro do império, tomando controle imediato das operações da família. Pois seu pai não suportou ver seu primogênito falecer com um de seus projetos.

Mas o que Kei não sabia, era que o cérebro de Yoiru continuava vivo, pelas conexões feitas com o Hyperlink e com a Inteligência Mãe.

Saburo o fez um robô, para que pudesse viver novamente. E quando ligaram o robô, lá estava ela.

Bricky tomou conta da personalidade e do ego da consciência de Yoiru e se dividiu do Cientista”.


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